Nessa sexta temporada de Game of Thrones (que se você não
viu ainda, esse post terá spoilers) vimos o gelo e o fogo se erguendo, os
heróis que irão salvar o reino da longa noite.
Nas frias terras do norte, Jon foi esfaqueado, e deixado
para morrer. É claro que todos sabíamos que ele retornaria, por mais que a
produção da série tenha se esforçado para manter o mistério. Mas feito gol do
Brasil em copa do mundo, todo mundo vibrou quando Snow reabriu os olhos,
tentando recuperar o fôlego.
“Eu não deveria estar aqui”, relutante, confuso, Jon teria
desistido de tudo, e ido pra Dorne tomar um solzinho. Afinal, seu juramento com
a patrulha era até a morte. E ele morreu. Só que Sansa conseguiu chegar na
muralha. Sim, a irmã com quem ele menos se dava. Com os olhos marejados vimos finalmente
Starks se reencontrando, em um abraço apertado e cheio de dor.
Sansa sempre fora
uma garotinha ingênua. Mas todas as coisas terríveis que ela teve que suportar,
passiva ainda por cima, sem poder reagir, hora nas mãos do Joffrey, hora nas de
Ramsay, mudaram sua alma. Ela está fria, decidida, e muito desconfiada. Sansa
nessa temporada mostrou o porte de uma Stark: fria como o maldito inverno.
Se Sansa estava na
muralha, o grande vilão dessa temporada tinha que se erguer, e cometer
vilanisses. Ramsay está terrível nessa temporada. E então é dia vs noite, bem
vs mal, quando os dois bastardos alinham seus exércitos e nos dão uma das
maiores batalhas de todos os tempos.
Infelizmente, Rickon
morre. E Jon parte para a luta sozinho. Estupidamente burro? Sim, mas também
estupidamente linda a cena. Só não é melhor que a esmagadora violência da
batalha, a confusão frenética de toda a cena.
Os nonos episódios
sempre nos deixam marcados, e dessa vez pudemos ver Winterfell sendo retomada
por Starks. O norte é dos lobos outra vez, e uma vez mais nos ajoelhamos ante
um rei do norte, o Lobo Branco.
A Batalha dos Bastardos entrou para a história |
E do outro lado do mar estreito, Daenerys se depara com
Dothrakhis novamente, aumenta seu exército ainda mais, consegue barcos, e
finalmente deixa Meeren! Aleluia!! Ela agora possui alianças com Dorne, Jardim
de Cima e um punhado de Greyjoy. O reino nunca esteve tão caótico. E ela tem
três dragões. Só chegar e conquistar.
O reino está um caos. O inverno chegou, algumas das maiores
casas foram destruídas e a coroa repousa sob uma mulher insana. Cersei obteve
sua vingança. Ao maravilhoso som de Ramin Djawadi, Light of the
Seven, vemos as
peças se alinhando, o Alto Pardal preparando sua cartada final para aniquilar
de vez as influências “pecadoras” da coroa e consolidar seu império, na melhor
cena, sequência e montagem de Game of Thrones, a fúria da rainha Lannister fez
o reino tremer e cair de joelhos.O que o futuro reserva para essa configuração política do reino? Temos Jon Snow Stark Targaryen como rei no norte, Euron Greyjoy rei nas ilhas de ferro, Cersei governando sabe-se lá quem sobrou leal a coroa, e Daenerys chegando. E correndo por fora, alguém com um poder maior que todos, cuja coroa é feita de gelo e sangue, o Rei da Noite, senhor dos caminhantes. Sua estação chegou, é hora de se fazer temer por todo o
reino.
Muita coisa aconteceu
nessa temporada. Foi a melhor? Na minha opinião, sim. A trama andou
(principalmente nos dois últimos episódios), várias respostas nos foram
entregues, junto com várias cenas com as quais vínhamos sonhando. Essa
temporada montou um cenário. Um cenário caótico onde uma guerra colossal irá
acontecer, e nós seremos privilegiados por poder testemunhar o que virá.
Afinal, um personagem
singelo segurou a porta, como um herói cumpriu seu destino, e nos deixou com
lágrimas nos olhos. Isso é Game of Thrones.