quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Grandes Astros Superman

    Existe uma grande tendência nas pessoas hoje em dia, de desgostar do Superman. Eu mesmo tinha uma opinião bem negativa quanto ao personagem. Um “cara muito certinho”, “herói sem graça” ou coisas desse tipo, sem nem mesmo conhecer muito do personagem.
    Acontece que o Super-Homem é um personagem infinitamente complexo, além de ser o pilar da esperança da humanidade, é um vigilante eterno, que nunca para, nunca descansa. Ele pode escutar batimentos cardíacos de forma individual, e assim monitorar alguém em qualquer parte do mundo. Ele pode se mover extremamente rápido, para ajudar algum necessitado, não importando onde este 
esteja.


      Grandes Astros Superman, escrita pelo mestre Grant Morrison, e desenhada com maestria por Frank Quietly conta sobre os últimos dias de vida do herói. Devido a uma aproximação extrema do sol, Superman tem uma sobrecarga de radiação solar, além da qual seu corpo aguenta. O primeiro resultado disso são seus poderes, que se ampliam. Ele se torna invulnerável a kriptonita, e desenvolve
poderes novos. Porém, suas células começam a se desfazer, e um cronometro para sua morte se inicia.
     Mesmo diante da sua morte, a única preocupação que se passa pela cabeça do Super é se a humanidade continuará segura depois de sua partida. Ele passa seus últimos dias tentando encerrar algumas pendencias, seja com seus amigos e pessoas queridas, ou com grandes vilões.
     Existem mensagens do futuro, que mostram que o legado construído pelo herói nunca morreu, mas que para isso, existem trabalhos que ele deve concluir antes de morrer. Uma grande jornada, que o levará até mesmo a se entender melhor se inicia, e pelas páginas, percebemos o quão grandioso ele é.


    Em meio a uma luta contra um monstro gigantesco, ele nota que um certo coração parou de bater, e imediatamente parte para ajudar a pessoa. Em um outro momento, enquanto enfrenta problemas, ele consegue escutar conversas de uma garota que está prestes a se suicidar.
    Superman impedindo o suicido é um dos momentos mais fortes da Hq, mas não é só esse. Ele visita crianças com câncer, assim como fazem os atores em nossa realidade. O Superman está sempre preocupado com os que estão ao seu redor...

    Essa é a grande sacada do herói. Onde alguém precisar de ajuda, onde alguém clamar por socorro, ele surgirá. Dá pra sentir uma certa tristeza no personagem, como se fosse uma dor por tudo aquilo que se perde...
  Por isso ele não mata. Superman é incapaz de odiar. Ele busca compreender todos os seres, mesmo o terrível Solaris, ou o ardiloso Lex Luthor, ele irá frustrar os planos dos vilões, mas nunca irá mata-los. Pois ele não possui esse direito. Porém, fará de tudo para proteger nosso mundo.
  É engraçado como ninguém acredita em, Clark quando este confessa ser o Super. A personalidade dos dois é tão diferente, que todos pensam que na verdade o herói estava fingindo ser o homem, enquanto Clark por algum motivo está escondido. Aqui na hq não
é apenas um óculos que os diferenciam, mas a postura, o jeito de ser, os dois são totalmente dispares.
  Lex Luthor também é explorado a fundo nessa hq. O quão ele se sente inferior na presença do Kriptoniano, e o quanto ele quer destrona-lo, e provar que o ser humano não precisa, e não deve, se curvar a um alienígena. Seu intelecto é um absurdo, e a conversa entre ele e Clark nos mostra o quanto o vilão se tornou obcecado em matar Superman. Obcecado ao ponto de esquecer de todo o resto.
    Toda a jornada que nosso herói empreende aqui é épica e profunda, com momentos de grande reflexão. No fim, fica essa sensação, de como o personagem é grandioso. Superman é o pilar do heroísmo, talvez o maior herói das hqs, e o legado deixado por ele, será eterno.


0 comentários:

Postar um comentário