O ano tá acabando,
esse 2016 interminável e quase intragável, onde inúmeras tragédias aconteceram,
a guerra ficando cada vez mais descontrolada, sem falar na zona política que
nosso país ainda se encontra. Foi um ano duro, mas pelo menos tivemos os filmes
de heróis, pra nos dividir na internet, e brigarmos nos comentários.
A guerra Marvel e Dc
nunca esteve mais forte, com a última editora finalmente entrando no páreo de
universo nos cinemas, dividindo ainda mais as opiniões. Foi um ano recheado de
filmes, e até a Fox fez algo que presta.
E aqui vai meu resumo do que achei de cada filme, e sim, aqui no
CronicaEx, minha opinião é definitiva e absoluta, muhahahahaha!
O ano começou com
Deadpool, uma aposta da Fox de baixo orçamento e classificação mais 16, recheado
de piadas ofensivas e cenas de violência gratuita. O filme tinha a missão de
apagar o passado sujo do Ryan Reynolds,
depois de dois papéis sofríveis, e trazer a insanidade do personagem
(que é o homem aranha com armas) para o cinema.
O filme foi muito
divertido, com toda a escrotice do personagem muito bem adaptada, e as
brilhantes cenas de quebra de quarta parede. Piadas sobre o estúdio, sobre
feminismo, sobre quebra de quarta parede, foi uma chuva de humor sujo e
sangrento. Cenas de violência na medida que eu esperava, não se segurou em
mostrar cabeças voando e coisas do tipo.
O que não me agradou
foi a origem ter sido contada, queria mais do Deadpool já pronto, mas ai é mais
implicância minha mesmo. O filme é curto, baixo orçamento, nada grandioso. Não
é o melhor filme de herói de todos os tempos, como muitos exagerados saíram por
ai gritando, mas ao menos fez a Fox querer fazer um filme do Wolverine com
violência.
Ao Deadpool, daria
uma honesta nota de 7,5, e Ryan Reynolds está redimido de seu passado
vergonhoso.
O ano seguiu com o grandioso, espetacular e titânico Batman
V Superman. Eita, até hoje os nerds brigam por causa desse filme. Zack Snyder
na direção daquele que viria a estabelecer a Dc no cinema, que de acordo com o
diretor, mudaria os paradigmas dos filmes de heróis.
O embate entre dia e
noite, dos dois maiores heróis da editora criou grandes expectativas, e foi
trucidado pela crítica. Seu faturamento também não atingiu o esperado pelos
gananciosos chefões da Warner, e acabou trazendo mudanças na direção desse
universo de filmes que ainda está por vir.
Visualmente o filme
é perfeito. As cenas de ação estão acima da média, principalmente nas
coreografias do Batman. Apesar do vilão final ser um pouco pobre de aparência,
a luta no final é empolgante, e ainda não conseguiram encontrar todos os Ester
Eggs que o filme possui. Sério, tem cena que é o quadrinho transposto.
Mas é no roteiro que
o filme se complica. Não gostei do Lex Luthor e seus chiliques, me deu foi
raiva. Seu plano também é uma confusão
que quase não faz sentido, e muitas cenas importantes do filme ficaram
de fora da versão do cinema, sendo lançada depois em uma versão estendida.
O Batman do Ben Affleck
não é ruim, embora esteja um pouco surtado demais pra um primeiro filme (o que
pode ser por conta dos anos de serviço prestado), mas já o Superman... Henry
Cavill não
tem carisma nenhum, e sua morte passa tão batido que chega a ser um
desperdício.
Já a mulher
Maravilha... Gal Gadot rouba a cena, e nos mostra o quanto sua personagem será
a fodona desse universo. Mesmo com o Momoa por perto!
É claro, rendeu o
eterno meme, salve a Martha!
Não mudou os
paradigmas... Galera, Snyder não é um deus, como vocês estão dizendo por ai.
Muito pelo contrário, ele tem potencial de acabar com a Dc nos cinemas. Acham
que a crítica não importa? Se enganam! Se a Liga for como BvS em desempenho...
esse universo terá sérios problemas...
Batman V Superman pra
mim, fica com um merecido 8.
Capitão América – Guerra Civil, a Marvel nos trazendo mais
um filme de sucesso. Agora o Homem Aranha faz parte do universo, e toda a
nerdaiada está feliz e saltitante. O filme que iria trazer o cisma
entre os
heróis encontrou resistência entre os mais exigentes pelo motivo que o
confronto acontece: a amizade entre Buck e Steve.
A melhor cena do ano
é, sem dúvidas, a briga no aeroporto. Todos os heróis tiveram seu momento, e o
Homem Formiga roubou a cena. A melhor sequência de porradaria entre super
heróis.
Tony Stark e Steve
Rogers estão muito bem no filme, e cada um nos passa suas motivações muito bem,
e passaram uma carga dramática pro filme numa quantidade certa.
O vilão é, mais uma
vez, esquecível. E a Guerra civil, é claro, tá mais pra uma briga, já que não
só menos personagens estão presente, como também as consequências são menores.
Nada que houve ali é irreversível, e mesmo que o filme tenha terminado com
resultados negativos, como Vingadores divididos, alguns heróis
criminalizados... o tom do final acaba dando uma impressão diferente. O tom da Marvel,
que nunca pode ficar denso demais, talvez tenha prejudicado o final.
Mas o Pantera Negra
também rouba a cena, com coreografias de luta fantástica, e um desejo de
vingança incontrolável. Nem adianta tentar segurar o cara!
Guerra Civil, leva
pra casa um belo 9. Filme de Herói do ano pra mim. Longe de ser perfeito, mas
tem muito herói caindo na porrada.
X-men Apocalipse... não vi. E pelo que li a respeito, e os podcasts que escutei sobre, o filme foi fraco e irrelevante. Trazendo um dos vilões de maior peso nas hqs dos mutantes, Apocalipse prometia trazer questionamentos e dualidades na divisão entre a comunidade mutante. O primeiro de sua raça, tido por muitos povos como uma divindade, tinha tudo pra dar certo.
Mas a Fox já havia acertado esse ano, então aparentemente o
resultado foi muito abaixo do esperado. Não vi, então não vou ficar falando
muito.
Esquadrão Suicida. E a Dc causando ainda mais
controvérsia... o filme traria uma equipe de vilões que é obrigado a realizar
alguma missão secreta para o governo americano. O segundo filme do universo da
Dc, nunca entenderei o porquê fazer sobre um grupo de vilões, mas tudo bem...
O filme criou muito hype, prometendo ser denso e engraçado
ao mesmo tempo. Os fãs da Marvel acusaram de ser uma tentativa de imitar os
Guardiões da Galáxia, mas a coisa ficou desenfreada mesmo com o novo Coringa,
interpretado por Jared Leto.
Jared Leto enviou rato morto pra Margot Robbie para
interpretar o Coringa! Jared Leto enviou caixa de munição a Will Smith para
interpretar o Coringa! E pronto, eu já tava com birra contra o filme.
Acabou que o Coringa é irrelevante para o filme, e no meu
ponto de vista, acabou não sendo um personagem a altura do vilão. O filme tentou
florear o relacionamento entre ele e Arlequina, o que pra mim não ficou legal.
A trama também é um
tanto furada, já que a ideia de criar o esquadrão, o argumento de Amanda
Waller, é o de ser necessário estar pronto, caso o próximo superser que surja
seja maligno..., mas o grupo não tem poder suficiente pra lidar com um superser.…E
pra piorar, o grande problema do filme só surge por conta da Amanda waller
estar montando um grupo.
O filme ainda teve
umas forçadas no final, com El Diablo gritando que não quer perder outra
família... ah, mas como isso me deixa louco!!! O vínculo entre eles não foi
trabalhado ao ponto de se considerarem família!
Enfim, um filme repleto de coisas irritantes e ruins, causou
mais mal ao universo Dc, que parece ainda mais perdido agora. Esquadrão Suicida
recebe 4,5, se pudesse eu deveria.
E pra fechar o ano, Doutor Estranho, da Marvel. O filme que
introduz a magia no universo cinematográfico da Marvel, e também conta as
origens do Mago Supremo. Efeitos muito bons, e um ótimo conceito de multiverso,
cada um sendo bem característico e distinto do outro.
Strange vivido por Benedict
Cumberbatch ficou perfeito, uma ótima escolha de elenco. Mas o filme, como
todos os demais filmes solo da Marvel, não tem peso algum. É só mais um filme
Marvel, e agora, depois de 14 filmes, essa fórmula já me cansou.
Talvez seja hora do estúdio arriscar um pouco, e parar de
entregar mais do mesmo. O filme é divertido, mas seu impacto não deve durar nem
três horas direito. Tanto que muita gente o comparou ao primeiro homem de
ferro...
Doutor Estranho, ficando na média, recebe um 7, e tá de bom
tamanho.
Foi um ano bom? Difícil dizer, pode ser o começo daquela
curva entre a adoração e a saturação entre o público. Os filmes de herói
crescem em quantidade, e a cada filme lançado, minha empolgação meio que
diminui. Certeza que os filmes da Liga e dos Vingadores serão épicos, mas entre
eles tem tanto filme solo, que precisa acontecer uma inovação nessa fórmula,
pra não cansar o público de vez.