quarta-feira, 13 de maio de 2020

Um retorno, um pedido de desculpas e um muito obrigado

Olha só quem está de volta! Os tempos são tão estranhos e imprevisíveis que resolvi ressuscitar meu antigo e esquecido blog. Nesse tempo todo parado aqui em casa, senti uma imensa necessidade de ter um lugar para escrever, pra evitar que meus dedos enferrujem, e qual o melhor lugar para fazer isso do que este? 

Se formos analisar as coisas friamente, o blog está abandonado a quase quatro anos. Quando leio as coisas que escrevia aqui antes, percebo o quanto minha escrita e minha pessoa mudaram. E isso acabou por levantar uma curiosidade: como seriam meus posts se feitos hoje em dia? 

Quando esse blog começou, eu tinha uma grande vontade de contar histórias, mas nem de longe tinha as habilidades para tal. Eu inventava muita coisa, mas não sabia escrever ainda. Houveram inúmeras tentativas de escrever um livro, com capítulos até mesmo sendo publicados por aqui, vamos ver se me lembro dos nomes... “A quarta horda” e o outro acho que os “imortais” ou algo do tipo. 

Mas quem em sã consciência começa a escrever já tentando fazer um livro? 

Até hoje não cheguei a concluir uma grande história. Mas graças a Aline, uma grande amiga que está sempre me incentivando a melhorar, comecei a trilhar o caminho de maneira correta: escrevendo contos. 

Ah, então escrevi muitos contos nesse tempo todo? Muitos é uma palavra forte... escrevi alguns, e graças novamente a Aline, comecei a inscrevê-los em concursos. Já tive alguns contos selecionados e publicados, o que traz uma satisfação imensa. É isso mesmo, se você procurar nos lugares certos, vai encontrar livros com histórias minhas!  E isso mudou tudo. Não que o fato de ter sido publicado faça meu ego subir (e até faz), mas cada concurso que participei, tanto os que fui selecionado, quanto os que não; cada conto que escrevi, me fez evoluir um pouco. 

Toda vez que olho o quão diferente minha escrita está, fico impressionado. Aprendi muito com isso, com o processo de criar uma história curta, as vezes de duas páginas, as vezes de dez. Reescrever, revisar, reescrever de novo... todo esse processo é muito difícil, mas muito prazeroso. 

E nesse ponto, tenho que falar da Luva Editora. 

Já foram três vezes que eles selecionaram contos meus para suas coletâneas. Cada um destes contos exigiu um esforço diferente e produziram resultados bem distintos. O primeiro, a muito tempo atrás, era um conto mais contido, curto... a primeira vez que me arriscava a escrever algo de terror e o segundo concurso que participava. 

A segunda vez, o conto era um pouco maior, acho que oito páginas e tinha requisitos bem específicos: encaixar na mitologia do Senhor Iku que eles estavam criando. Foi um grande desafio. 

A terceira... foi um conto que levei um mês pra escrever. Jurupari, uma história cheia de inspirações em Lovecraft, mas com um tempero tupiniquim. Foram várias versões descartadas antes de encontrar o tom certo pra história e quando vi que havia sido selecionado... fiquei muito feliz... 

E aqui cabe um grande pedido de desculpas. 

Esse conto, Jurupari, foi selecionado para uma coletânea que iria para financiamento coletivo, o Melhor do Te(Ho)rror nacional. Um projeto grandioso, de longe o mais ambicioso do qual já fiz parte. A campanha foi lançada no Catarse e todos os autores selecionados se engajaram na divulgação. Eu mesmo atazanei um bom número de pessoas para contribuírem. 

O projeto foi um grande sucesso, atingindo um valor acima da meta. Mas no meio da campanha, a quarentena chegou por aqui, e devo confessar que isso me tirou o foco da parte final da jornada. Não vou dizer que foi por isso, ou por aquilo, mas vou apenas pedir desculpas. 

Pessoal da Editora Luva, se algum de você chegarem a ler este trecho, saibam que vocês são incríveis, o projeto foi espetacular e foi um grande prazer fazer parte dele. E perdão pela inatividade no final. 

Cabe aqui também um imenso obrigado a todos que contribuíram, aquela minha promessa ainda está em pé, quando o livro chegar em suas mãos, tragam que darei os autógrafos.  

Deixo aqui o site da editora: https://luvaeditora.com.br. O grande livro roxo, de capa espetacular, chamado “A funerária do Senhor Iku” tem um conto meu. 

E é isso, o meu grande retorno ao velho CronicaEx. Tenho várias ideias que quero colocar em prática nos próximos dias, muita coisa que quero escrever e contar, espero poder ver você por aqui. É sempre bom ter alguém lendo, mesmo que seja apenas um.  

Fiquem bem, lavem as mãos, não acreditem naqueles que negam a realidade e até a próxima! 

4 comentários:

  1. Belas palavras Hell, estarei para vc igual o Roberto Carlos é para as viúvas, uma pessoa que nunca aparece, mas qndo aparece é para ser/tentar um show inesquecível, forte abraço do seu smp amigo Ragnar ����

    ResponderExcluir
  2. Que lindo, até me emocionei. Vc merece todo o sucesso pelo seu esforço. Finalmente aprendeu a escrever um texto.

    ResponderExcluir