quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Os heróis em 2016

   O ano tá acabando, esse 2016 interminável e quase intragável, onde inúmeras tragédias aconteceram, a guerra ficando cada vez mais descontrolada, sem falar na zona política que nosso país ainda se encontra. Foi um ano duro, mas pelo menos tivemos os filmes de heróis, pra nos dividir na internet, e brigarmos nos comentários.
   

  A guerra Marvel e Dc nunca esteve mais forte, com a última editora finalmente entrando no páreo de universo nos cinemas, dividindo ainda mais as opiniões. Foi um ano recheado de filmes, e até a Fox fez algo que presta.  E aqui vai meu resumo do que achei de cada filme, e sim, aqui no CronicaEx, minha opinião é definitiva e absoluta, muhahahahaha!


   O ano começou com Deadpool, uma aposta da Fox de baixo orçamento e classificação mais 16, recheado de piadas ofensivas e cenas de violência gratuita. O filme tinha a missão de apagar o passado sujo do Ryan Reynolds,  depois de dois papéis sofríveis, e trazer a insanidade do personagem
(que é o homem aranha com armas) para o cinema.
  O filme foi muito divertido, com toda a escrotice do personagem muito bem adaptada, e as brilhantes cenas de quebra de quarta parede. Piadas sobre o estúdio, sobre feminismo, sobre quebra de quarta parede, foi uma chuva de humor sujo e sangrento. Cenas de violência na medida que eu esperava, não se segurou em mostrar cabeças voando e coisas do tipo.
  O que não me agradou foi a origem ter sido contada, queria mais do Deadpool já pronto, mas ai é mais implicância minha mesmo. O filme é curto, baixo orçamento, nada grandioso. Não é o melhor filme de herói de todos os tempos, como muitos exagerados saíram por ai gritando, mas ao menos fez a Fox querer fazer um filme do Wolverine com violência.
 Ao Deadpool, daria uma honesta nota de 7,5, e Ryan Reynolds está redimido de seu passado vergonhoso.

  O ano seguiu com o grandioso, espetacular e titânico Batman V Superman. Eita, até hoje os nerds brigam por causa desse filme. Zack Snyder na direção daquele que viria a estabelecer a Dc no cinema, que de acordo com o diretor, mudaria os paradigmas dos filmes de heróis.

  O embate entre dia e noite, dos dois maiores heróis da editora criou grandes expectativas, e foi trucidado pela crítica. Seu faturamento também não atingiu o esperado pelos gananciosos chefões da Warner, e acabou trazendo mudanças na direção desse universo de filmes que ainda está por vir.
  Visualmente o filme é perfeito. As cenas de ação estão acima da média, principalmente nas coreografias do Batman. Apesar do vilão final ser um pouco pobre de aparência, a luta no final é empolgante, e ainda não conseguiram encontrar todos os Ester Eggs que o filme possui. Sério, tem cena que é o quadrinho transposto.
   Mas é no roteiro que o filme se complica. Não gostei do Lex Luthor e seus chiliques, me deu foi raiva. Seu plano também é uma confusão  que quase não faz sentido, e muitas cenas importantes do filme ficaram de fora da versão do cinema, sendo lançada depois em uma versão estendida.
  O Batman do Ben Affleck não é ruim, embora esteja um pouco surtado demais pra um primeiro filme (o que pode ser por conta dos anos de serviço prestado), mas já o Superman... Henry Cavill não
tem carisma nenhum, e sua morte passa tão batido que chega a ser um desperdício.


 Já a mulher Maravilha... Gal Gadot rouba a cena, e nos mostra o quanto sua personagem será a fodona desse universo. Mesmo com o Momoa por perto!
 É claro, rendeu o eterno meme, salve a Martha!
  Não mudou os paradigmas... Galera, Snyder não é um deus, como vocês estão dizendo por ai. Muito pelo contrário, ele tem potencial de acabar com a Dc nos cinemas. Acham que a crítica não importa? Se enganam! Se a Liga for como BvS em desempenho... esse universo terá sérios problemas...
 Batman V Superman pra mim, fica com um merecido 8.


  Capitão América – Guerra Civil, a Marvel nos trazendo mais um filme de sucesso. Agora o Homem Aranha faz parte do universo, e toda a nerdaiada está feliz e saltitante. O filme que iria trazer o cisma 
entre os heróis encontrou resistência entre os mais exigentes pelo motivo que o confronto acontece: a amizade entre Buck e Steve.
  A melhor cena do ano é, sem dúvidas, a briga no aeroporto. Todos os heróis tiveram seu momento, e o Homem Formiga roubou a cena. A melhor sequência de porradaria entre super heróis.
 Tony Stark e Steve Rogers estão muito bem no filme, e cada um nos passa suas motivações muito bem, e passaram uma carga dramática pro filme numa quantidade certa.
   O vilão é, mais uma vez, esquecível. E a Guerra civil, é claro, tá mais pra uma briga, já que não só menos personagens estão presente, como também as consequências são menores. Nada que houve ali é irreversível, e mesmo que o filme tenha terminado com resultados negativos, como Vingadores divididos, alguns heróis criminalizados... o tom do final acaba dando uma impressão diferente. O tom da Marvel, que nunca pode ficar denso demais, talvez tenha prejudicado o final.
   Mas o Pantera Negra também rouba a cena, com coreografias de luta fantástica, e um desejo de vingança incontrolável. Nem adianta tentar segurar o cara!
 Guerra Civil, leva pra casa um belo 9. Filme de Herói do ano pra mim. Longe de ser perfeito, mas tem muito herói caindo na porrada.

 

 X-men Apocalipse... não vi. E pelo que li a respeito, e os podcasts que escutei sobre, o filme foi fraco e irrelevante. Trazendo um dos vilões de maior peso nas hqs dos mutantes, Apocalipse prometia trazer questionamentos e dualidades na divisão entre a comunidade mutante. O primeiro de sua raça, tido por muitos povos como uma divindade, tinha tudo pra dar certo.
  Mas a Fox já havia acertado esse ano, então aparentemente o resultado foi muito abaixo do esperado. Não vi, então não vou ficar falando muito.


  Esquadrão Suicida. E a Dc causando ainda mais controvérsia... o filme traria uma equipe de vilões que é obrigado a realizar alguma missão secreta para o governo americano. O segundo filme do universo da Dc, nunca entenderei o porquê fazer sobre um grupo de vilões, mas tudo bem...
  O filme criou muito hype, prometendo ser denso e engraçado ao mesmo tempo. Os fãs da Marvel acusaram de ser uma tentativa de imitar os Guardiões da Galáxia, mas a coisa ficou desenfreada mesmo com o novo Coringa, interpretado por Jared Leto.
Jared Leto enviou rato morto pra Margot Robbie para interpretar o Coringa! Jared Leto enviou caixa de munição a Will Smith para interpretar o Coringa! E pronto, eu já tava com birra contra o filme.
  Acabou que o Coringa é irrelevante para o filme, e no meu ponto de vista, acabou não sendo um personagem a altura do vilão. O filme tentou florear o relacionamento entre ele e Arlequina, o que pra mim não ficou legal.
  A trama também é um tanto furada, já que a ideia de criar o esquadrão, o argumento de Amanda Waller, é o de ser necessário estar pronto, caso o próximo superser que surja seja maligno..., mas o grupo não tem poder suficiente pra lidar com um superser.…E pra piorar, o grande problema do filme só surge por conta da Amanda waller estar montando um grupo.
  O filme ainda teve umas forçadas no final, com El Diablo gritando que não quer perder outra família... ah, mas como isso me deixa louco!!! O vínculo entre eles não foi trabalhado ao ponto de se considerarem família!
Enfim, um filme repleto de coisas irritantes e ruins, causou mais mal ao universo Dc, que parece ainda mais perdido agora. Esquadrão Suicida recebe 4,5, se pudesse eu deveria.


   
E pra fechar o ano, Doutor Estranho, da Marvel. O filme que introduz a magia no universo cinematográfico da Marvel, e também conta as origens do Mago Supremo. Efeitos muito bons, e um ótimo conceito de multiverso, cada um sendo bem característico e distinto do outro.
   Strange vivido por Benedict Cumberbatch ficou perfeito, uma ótima escolha de elenco. Mas o filme, como todos os demais filmes solo da Marvel, não tem peso algum. É só mais um filme Marvel, e agora, depois de 14 filmes, essa fórmula já me cansou.
  Talvez seja hora do estúdio arriscar um pouco, e parar de entregar mais do mesmo. O filme é divertido, mas seu impacto não deve durar nem três horas direito. Tanto que muita gente o comparou ao primeiro homem de ferro...
  Doutor Estranho, ficando na média, recebe um 7, e tá de bom tamanho.


  Foi um ano bom? Difícil dizer, pode ser o começo daquela curva entre a adoração e a saturação entre o público. Os filmes de herói crescem em quantidade, e a cada filme lançado, minha empolgação meio que diminui. Certeza que os filmes da Liga e dos Vingadores serão épicos, mas entre eles tem tanto filme solo, que precisa acontecer uma inovação nessa fórmula, pra não cansar o público de vez.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Hardwired…to Self-Destruct

   Hardwired... to Self Destruct, lançado em 18 de novembro marcou o fim do jejum de álbuns que os fãs de Metallica enfrentavam desde 2008.  O novo álbum trouxe uma coleção de músicas que remetem a várias fazes da banda, tendo músicas mais agressivas, como Hardwired, cuja bateria é agressiva, e a música tem um ritmo de pura adrenalina e explosão (lembrando muito o tom da banda nos primeiros álbuns), enquanto algumas destoam mais do que a banda está habituada a fazer, como a minha preferida no álbum: Dream no More.  A música, com um tom mais sombrio, canta sobre ninguém menos que o abissal deus das trevas, Cthulhu, com trechos bem sinistros na voz de James Hetfield.


  
  Atlas, Rise! Por sua vez nos fala sobre o gigante responsável por seguras os céus, uma música com letra mitológica, é uma das que mais gostei.  Halo on Fire é outra música que se destaca, com solos empolgantes, e um ritmo que sobe e desce feito montanha russa, com uma ótima melodia.
  Outra que gostei muito, foi a que encerra o álbum, Spit Out The Bone, apesar de ser um pouco longa, começa com uma explosão da bateria de Lars, e muda muito lá pro meio, com um refrão meio
melódico que me cativou.
 Meu problema com Hardwired está na sua duração. A maioria das músicas tem seus seis ou sete minutos, avoado como sou, musica comprida sempre foi um problema. E o número total de faixas também, pareceu ser um álbum extenso demais.
    Esse problema fica ainda mais acentuado pelo fato de as melhores músicas estarem no primeiro disco, dando ao segundo um tom de mais do mesmo, embora tenham ótimas musicas. Confesso que a segunda metade do segundo disco preciso ouvir com mais atenção...
    Mas como imaginava, a recepção do álbum pelos ditos “fãs” não foi nada boa. Muita gente reclamou que o álbum não tem a mesma pegada dos três primeiros. As pessoas precisam entender, a banda envelheceu, o mundo mudou, aquela pegada dos anos 80 não voltam mais. Não cabem mais, eu até diria. Metallica mudou, está mais velho e mais sábio, e talvez seja hora desses fãs mais xiitas aceitarem isso.



  Dizer que a banda traiu o movimento é um absurdo ainda maior. Os caras querem ganhar dinheiro? Mas é claro, quem nesse mundo azul não o quer? Aceitem que os caras que você admirou no passado mudaram, estão mais maduros e fazem um som mais sóbrio do que em sua juventude. A voz de
Hetfield é uma grande prova disso.
 Não sou um grande entendedor da parte técnica das músicas, então tudo que posso dizer é que o álbum me agradou. Metallica sempre foi uma banda muito querida, e fico feliz de ter material novo deles sendo lançado ainda. E um material tão empolgante ainda por cima.
   Hardwired... to Self Destruction, com sua capa maluca, é uma  grande narrativa, da trajetória do Metallica. Está aqui, entre os favoritos, sem dúvidas, ao lado de grandes lendas...

  Eu não sou muito bom pra falar de álbuns, mas to arranhando um textin aqui porque tem muita banda que quero compartilhar aqui... então me aguentem...
  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A guerra que tomou as estrelas

     Rogue One – uma história Star Wars! É tão empolgante ver Star Wars nos cinemas novamente. Não que eu tenha visto a franquia original, não sou tão antigo assim, mas os prequels foram quase que uma pá de cal em cima do universo...

   Rogue One nos conta a história sobre como os planos da estrela da morte foram roubados, dando um contexto maior ao empurrãozinho inicial de toda a franquia. Ao meu ver, ele amarrou certinho com o episódio IV, e ao mesmo tempo, contou uma boa história de guerra. Então vamos aos spoilers.


  A força se tornou uma lenda, após o expurgo dos Jedis. Enquanto Imwe, o personagem vivido por Donnie Yen, um monge cego que acredita no poder da força, e que ela guia os destinos de todos no universo, outros encaram como uma lenda, ou até mesmo balela.
  O aspecto da guerra é mais explorado, dando tons até mesmo religiosos para os confrontos entre os rebeldes de Saw Gerrera contra o Império. Chega até mesmo a lembrar os confrontos do Oriente Médio, pela grande diferença de poder entre os dois lados, e a forma como os rebeldes se doam pela sua causa.
  Se por um lado, alguns são imutáveis e inabaláveis quanto a causa, o conselho da aliança se divide ao se deparar a maior ameaça que já viram se levantar.  O filme mostrou muito bem o lado sujo e
obscuro da aliança, dos heroicos rebeldes. Nem todos são corajosos, e muitos fizeram coisas das quais não gostam nem mesmo de se lembrar, enquanto o conselho decide simplesmente debandar na hora mais escura.
  Os personagens são muito carismáticos, e o robô K-2SO rouba muito a cena.  Cheio de personalidade, ele diz a primeira coisa que vem aos seus circuitos. O próprio Imwe, e seu companheiro inseparável Malbus se tornam queridos muito rápido, com suas cenas de combate fodonas.


  Mas o que posso dizer? É um filme sobre guerra, e me doeu ver os personagens caindo um por um. Sim, como naqueles filmes de guerra antigos, onde cada soldado tem sua cena de queda, aqui nossos personagens vão morrendo, cenas lindas, bem-feitas, mas que vão acabando com nossa esperança de pouco em pouco.
 
Rogue One foi o esquadrão suicida, que talvez até tenha sido esquecido nos acontecimentos que se sucederam, mas cujo sacrifício tornou possível uma virada na guerra.
  Gostei que o filme dá uma ótima explicação pra um grande questionamento: por que karalho uma arma do porte da estrela da morte teria um ponto fraco tão besta? Simples, o engenheiro chefe o colocou lá de propósito, e em segredo!
  Vi muitos comentários por aí, falando mal do filme, mas esse abaixo me chamou muito a atenção, vi lá no omelete:

   
    Eu não sou grande entendedor de cinema, nem tento ser. Sou um nerd e gosto de ver coisas nerds. E quando o filme me mostra umas cenas de combate tão bem-feitas (o maquinário do império tá incrível!) Eu simplesmente gosto do filme.  Como não traz o clímax? A guerra não é uma coisa feliz, com finais certinhos que as vezes fecham as grades sagas. A guerra é cruel, e todos os seus companheiros caem no final, como se a vida não significasse nada. E foi esse o clímax do filme.

  Todos caíram. Os rebeldes foram massacrados. E fizeram tudo isso para criar uma chance. Uma única chance, aos heróis que viriam no futuro. Toda rebelião tem como base, a esperança.
   E quando tudo parece ter terminado... o maior dos vilões retorna as telas. Darth Vader aparece, e trucida todos que entram em seu caminho. Usa o sabre, usa a força, e aniquila seus adversários, que nunca tiveram a menor chance.
  Saímos do cinema, eu e Kaito, dando cambalhotas.
  E se você é daqueles que tá dizendo que não faz sentido o Vader estar ali, naquele momento... velho... para de comentar merda por aí. Menos chatice. Deixa o Darth Vader voltar. Deixa o vilão mostrar seu poder, porque eu quero ver!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

As joias do infinito

    As joias do infinito são artefatos que conferem ao seu portador poderes ilimitados. Separadas, possuem poderes bem distintos, e elas tem sido o ponto em comum de todos os filmes do universo Marvel.
   Espalhadas por todo o Universo, aparecendo em diversos planetas (embora muitas delas acabem aqui na Terra) elas precisam ser reunidas, e seria esse o grande objetivo do grande vilão que anda agindo nos bastidores de todos esses 14 filmes.

   Mas e ai, lembra de todas elas? Lembra onde elas estão? Não? Então bora dar uma recapitulada.


   
   A primeira joia a aparecer foi a joia do espaço, a joia azul, que fica no interior do Tesseract. Esta joia apareceu primeiro no filme Capitão América –  O primeiro vingador (filme esse que não assisti até hoje), em poder do caveira vermelha. Essa joia tem o poder de abrir portais para qualquer lugar do universo, e foi muito utilizada também na criação de armamento militar.
   Essa é a joia que Loki utiliza pra abrir um portal no centro de Nova Iorque, por onde os Chitauri vieram, no primeiro filme dos vingadores. Até onde se sabe, a joia está nos cofres de Asgard.


    A joia da realidade, da cor vermelha, apareceu em Thor – Mundo Sombrio. Na forma de uma espécie de relíquia mágica, chamada de Éter, foi usada pelos elfos negros nas antigas guerras contra Asgard, até que foi aprisionada por Bor, em uma dimensão paralela a nossa.
   Concede ao seu portador a manipulação da realidade, e poderes elevados. Malekith tenta utilizá-la
para conduzir o universo as trevas uma vez mais, porém, é claro, é impedido por Thor. A Joia se encontra, atualmente, no museu do Colecionador.



   A joia do poder, roxa, aparece no filme Guardiões da Galáxia, no interior de um orbe de poder. Concede ao seu portador poderes inimagináveis, capazes de destruir mundos em questão de segundos. 
 Ronan, o acusador, está em busca dessa joia, para entrega-la a Thanos, em troca de auxílio para destruir Xandar. Por fim, o próprio Kree decide usar o poder da joia para pôr fim ao planeta que tanto odeia. Atualmente, a joia se encontra em poder da tropa Nova, em Xandar.

    A joia da mente é amarela, e só foi revelada em Era de Ultron, estando no interior do cetro de Loki. Acredita-se que a joia foi dada por Thanos ao deus nórdico, para que este conseguisse a joia do espaço. 
 Com esta joia, Loki podia manipular a mente de outros seres, mas seu poder vai além disso. Através dela, foi criado o Visão, uma inteligência artificial extremamente avançada. E é na testa do herói que a joia se encontra atualmente.


  
  A joia do tempo, verde, apareceu em Doutor Estranho, no interior do Olho de Agamotto. Em poder dos magos de Kamar-Taj, a joia foi utilizada por Strange como último recurso para enfrentar o terrível Dormammu. 
  Com ela, é possível manipular o tempo de inúmeras formas, desde fazer o tempo regredir, até criar loops temporais. A joia está em poder dos magos, vigiada por Doutor Estranho.



    Dessa forma, a única joia que ainda não deu as caras, é a joia da alma, da cor laranja. E por fim, para se utilizar de todas as joias, é necessário a Manopla do Infinito, que de acordo com a cena pós credito de Era de Ultron, já está em poder do titã louco.

   Tão perto da tão aguardada Guerra Infinita, Thanos ainda não conseguiu nenhuma joia... será que ele vai reunir todas a tempo? Ou irá fracassar miseravelmente como todos os vilões da Marvel até agora?



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Você é o criador do seu próprio mérito

  A primeira serie original Netflix brasileira chegou e tem dividido opiniões. Muita gente acusa o roteiro de ser fraco e cheio de furos, enquanto outros dizem que finalmente temos uma série nacional digna e de qualidade.
   3% teve sua estreia no streaming dia 25 de novembro, a temporada inteira soma oito episódios, curto e rápido, a serie conta sobre uma sociedade distópica em ruínas, o chamado "lado de cá", ou "continente" é uma grande periferia em ruínas, onde a miséria e a violência imperam. paralelo a isso, o "Maralto", ou "lado de lá", é uma sociedade perfeita, justa e abundante, uma cidade construída no oceano, onde só os escolhidos podem viver.


   Os 3% são o grupo de pessoas escolhidas que recebem o privilégio de viver no Maralto, cujo mérito de viver na cidade utópica é conquistado através de uma série de provas, chamadas de "O Processo". Quando os jovens atingem 20 anos, são chamados para O Processo, sua única chance de conquistar a passagem para a cidade dos sonhos. E aos demais 97%, resta viver na angústia e amargura da pobreza absoluta que se tornou o mundo.
   Distopias estão em alta ultimamente ,e a premissa de provas se mostra interessante já logo no começo. A série foca em alguns dos candidatos passando pelas provas, sendo que a maioria delas tem grande apelo psicológico, gerando momentos de muita tensão e desespero. E conforme o grupo de protagonistas vai avançando, vamos conhecendo um pouco mais de suas histórias, e um pouco mais daquele mundo quebrado.
   Também vemos as provas pelos olhos de Ezequiel, o diretor do Processo, que está sendo alvo de uma investigação secreta por um membro do conselho do Maralto. A mente por trás de provas que chegam a ser doentias não podia ser menos malucos, e Ezequiel é um personagem que fica entre a genialidade e a insanidade completa.



 
    Li muitas criticas por ai um tanto injustas, comparando a série com as grandes produções que enchem as redes sociais de spoilers... 3% tem baixo orçamento, e vem de um meio que costuma Netflix, apesar das imperfeições, pode ser uma grande desbravadora para quem sabe, séries com temas diferentes... porque não uma fantasia? Um mundo alternativo? Porque as produções brasileiras tem que ser sempre sobre as mesmas coisas, nas favelas do Rio, ou no duro e árido Cangaço? Soltem as imaginações!
produzir novela e comedias pastelão em excesso. É claro que existem produções nacionais que podem ser até melhores, mas fiquei tão empolgado em ver algo brasileiro que foge dos temas mais abordados por aqui, uma distopia cheia de momentos de tensão, que chego a acreditar que a série da
  Concordo que o figurino possa ser meio estranho... as pessoas do continente usam roupas completamente rasgadas, vivendo em uma favela cheia de cortinas e panos espalhados por todas as partes. A atuação de parte do elenco deixa a desejar em alguns momentos, enquanto outros se destacam muito, engrandecendo seus personagens.
   O Processo acaba sendo louvado no continente, como uma religião, e seus criadores (também fundadores de Maralto) como deuses. O mundo mudou tanto que parece que o cristianismo foi
esquecido e assimilado pelo culto ao Processo. As crianças são forjadas para passar no processo, e nada mais importa naquela sociedade.
  3% é uma boa mistura de Elysium com Jogos Vorazes talvez, tendo bons momentos, e uma boa premissa. Deixe seu preconceito de lado, vi muita gente metendo o pau só tendo assistido 1 episódio...mas francamente, são apenas oito episódio, nem demora muito pra terminar... assistam, apoiem, quem sabe esse seja apenas o começo do entretenimento por aqui... Mas desapegue dessa tua exigência, nem tudo precisa ser grandioso como a batalha dos bastardos para ser digno de sua atenção...

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Chapecoense e a linha fina de nossas vidas

   Eu não acompanho futebol, embora um dia tenha acompanhado. E naqueles tempos, longínquos em que eu torcia para o Santos, a Chapecoense era um time lá da série D, o que me causou estranheza quando um amigo meu comentou algo sobre ele, na série A. Achei admirável, o time escalou até a primeira divisão...
   Não fazia ideia da sua participação na Sulamericana. Nem da classificação que dependeu de uma defesa milagrosa nos últimos instantes de um jogo. Mas mesmo assim, ao abrir as noticias hoje pela manhã, meu coração deu um nó... todos os sonhos, esperanças e motivações de uma equipe inteira se desfez, tal como as lágrimas desaparecem na chuva.
   Só quero prestar aqui minhas homenagens as famílias, aos parentes, aos amigos, aos que os admiravam... será difícil a todos estes encontrar uma forma de preencher o enorme vazio que a equipe deixou. Isso só nos faz pensar, o quão frágeis somos, nesse imenso mundo azulado, em um simples instante, tudo que nos define deixar de existir.

 
   Uma defesa, definiu um destino. A alegria se converteu em lágrimas. Os sonhos que se desfizeram, Na morte, se tornaram lendas que serão lembradas para sempre no coração daqueles que os amam. A vida segue, nós somos frágeis ao sol, cercados pela dor e pela tristeza, tentando compreender qual é o sentido disso tudo... Somos todos Chapecoense!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Grandes Astros Superman

    Existe uma grande tendência nas pessoas hoje em dia, de desgostar do Superman. Eu mesmo tinha uma opinião bem negativa quanto ao personagem. Um “cara muito certinho”, “herói sem graça” ou coisas desse tipo, sem nem mesmo conhecer muito do personagem.
    Acontece que o Super-Homem é um personagem infinitamente complexo, além de ser o pilar da esperança da humanidade, é um vigilante eterno, que nunca para, nunca descansa. Ele pode escutar batimentos cardíacos de forma individual, e assim monitorar alguém em qualquer parte do mundo. Ele pode se mover extremamente rápido, para ajudar algum necessitado, não importando onde este 
esteja.


      Grandes Astros Superman, escrita pelo mestre Grant Morrison, e desenhada com maestria por Frank Quietly conta sobre os últimos dias de vida do herói. Devido a uma aproximação extrema do sol, Superman tem uma sobrecarga de radiação solar, além da qual seu corpo aguenta. O primeiro resultado disso são seus poderes, que se ampliam. Ele se torna invulnerável a kriptonita, e desenvolve
poderes novos. Porém, suas células começam a se desfazer, e um cronometro para sua morte se inicia.
     Mesmo diante da sua morte, a única preocupação que se passa pela cabeça do Super é se a humanidade continuará segura depois de sua partida. Ele passa seus últimos dias tentando encerrar algumas pendencias, seja com seus amigos e pessoas queridas, ou com grandes vilões.
     Existem mensagens do futuro, que mostram que o legado construído pelo herói nunca morreu, mas que para isso, existem trabalhos que ele deve concluir antes de morrer. Uma grande jornada, que o levará até mesmo a se entender melhor se inicia, e pelas páginas, percebemos o quão grandioso ele é.


    Em meio a uma luta contra um monstro gigantesco, ele nota que um certo coração parou de bater, e imediatamente parte para ajudar a pessoa. Em um outro momento, enquanto enfrenta problemas, ele consegue escutar conversas de uma garota que está prestes a se suicidar.
    Superman impedindo o suicido é um dos momentos mais fortes da Hq, mas não é só esse. Ele visita crianças com câncer, assim como fazem os atores em nossa realidade. O Superman está sempre preocupado com os que estão ao seu redor...

    Essa é a grande sacada do herói. Onde alguém precisar de ajuda, onde alguém clamar por socorro, ele surgirá. Dá pra sentir uma certa tristeza no personagem, como se fosse uma dor por tudo aquilo que se perde...
  Por isso ele não mata. Superman é incapaz de odiar. Ele busca compreender todos os seres, mesmo o terrível Solaris, ou o ardiloso Lex Luthor, ele irá frustrar os planos dos vilões, mas nunca irá mata-los. Pois ele não possui esse direito. Porém, fará de tudo para proteger nosso mundo.
  É engraçado como ninguém acredita em, Clark quando este confessa ser o Super. A personalidade dos dois é tão diferente, que todos pensam que na verdade o herói estava fingindo ser o homem, enquanto Clark por algum motivo está escondido. Aqui na hq não
é apenas um óculos que os diferenciam, mas a postura, o jeito de ser, os dois são totalmente dispares.
  Lex Luthor também é explorado a fundo nessa hq. O quão ele se sente inferior na presença do Kriptoniano, e o quanto ele quer destrona-lo, e provar que o ser humano não precisa, e não deve, se curvar a um alienígena. Seu intelecto é um absurdo, e a conversa entre ele e Clark nos mostra o quanto o vilão se tornou obcecado em matar Superman. Obcecado ao ponto de esquecer de todo o resto.
    Toda a jornada que nosso herói empreende aqui é épica e profunda, com momentos de grande reflexão. No fim, fica essa sensação, de como o personagem é grandioso. Superman é o pilar do heroísmo, talvez o maior herói das hqs, e o legado deixado por ele, será eterno.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Bem vindo a Conspiração!!!

  Existem animes que não são sobre poderes, não possuem lutas fantásticas, não se passam em outros mundos e nem possuem protagonistas poderosos. Eles são sobre a vida. Simples assim, seus personagens são pessoas normais, com sonhos e medos, e defeitos que os tornam tão...humanos...
  Nhk Ni Youkoso é um anime de 2006, baseado em uma light novel do mesmo nome, do autor Tatsuhiko Takimoto, que conta a história de Satõ Tatsuhiro, um hikikomori.



Hikikomori é um termo vindo do japonês para um comportamento de total isolamento social. Um hikikomori não sai de sua casa para nada, não estuda, não trabalha, saindo por completo do convívio social. Um hikikomori possuí fobia extrema de pessoas e situações sociais, e se isola completamente.

  O protagonista surtou quando estava começando sua faculdade, acreditava que todos ao seu redor o desprezavam acabou se isolando em seu quarto, de onde não saiu pelos últimos três anos. Mas, ao seu ver, tudo não passa de uma conspiração, magistralmente orquestrada pela mais maligna das organizações que regem o mundo em segredo. A terrível Nippon Hikikomori Kyokai - NHK!
  Satõ não possui nenhuma habilidade social, nunca teve um emprego, sobrevivendo com uma
mesada enviada por seus pais. Nesse momento, você deve estar pensando: "que anime lamentável, não tem como ser bom", mas seu engano é enorme. A habilidade de alguns animes de nos contar histórias simples e cativantes é algo fora do normal.

Na realidade NHK se refere a emissora de tv Nippon Hōsō Kyōkai, mas dentro da série se refere a Nippon Hikikomori Kyokai algo como "Associação Japonesa dos Hikikomori", uma reivindicação do protagonista de uma conspiração feita pela NHK (emissora) para criar NHK (grupo do hikikomori)

   A tranquilidade hikikomori de Satõ é perturbado quando uma garota bate em sua porta, e diz possuir a cura para a fobia do pobre hikikomori. Misaki, que acredita ter desenvolvido o projeto perfeito para reabilitar hikikomoris, passa a obrigar Satõ a frequentar sessões de seu "projeto", onde irá passar a ele lições que o reintegrem a sociedade.
  Porém, Satõ é orgulhoso, e se nega a admitir sua condição. Acaba mentindo que seu isolamento se deve ao fato de ele ser um desenvolvedor de jogos indies, e acaba prometendo a menina que entregara um jogo de sua autoria.
  Para cumprir tal promessa, Satõ contara com seu antigo amigo de escola, Yamazaki, que para surpresa do hikikomori, era seu vizinho. Os dois então partem numa jornada, para a produção do jogo perfeito!!




  Foi impossível pra mim não me identificar com o protagonista. Seus dilemas, a ansiedade de ter que ir a um determinado lugar, são coisas que eu acabo passando também, não que eu seja um
hikikomori, mas antissocial como sou, vi vários de meus pensamentos replicados nele. A dinâmica entre os personagens é muito divertida, principalmente da dupla Yamazaki e Satõ.
  E com o passar dos episódios, você nota que todas as pessoas têm problemas. Cada personagem que te é apresentado parece precisar de ajuda, como se estivessem perdidos na vida. E não é assim que as coisas são? Não vivemos dando cabeçada em paredes, buscando o caminho certo pelo qual devemos trilhar?
  A trilha sonora passa uma melancolia que dá um nó no coração as vezes, fazendo um grande contraste com as cenas cômicas. O anime é muito gostoso de assistir, e quando terminei seus poucos 24 episódios, me peguei com os olhos marejados, já sentindo saudades daqueles personagens.




  O anime aborda temas fortes, como o suicídio, depressão, abuso, e a grande mensagem, é de que se você viver, e continuar a correr, coisas boas irão acontecer. Não que você vá encontrar a solução definitiva para seus problemas... a vida é uma constante luta, da qual você nunca irá se livrar.
  Com essa atual enxurrada de animes ruins, extremamente coloridos e com histórias genéricas, foi bom encontrar um anime assim. Nhk ni Youkoso é do tipo de anime que ficará para sempre em minha memória, e é por histórias assim, que eu gosto de animes.
  A dica é, assista o anime, e escute a trilha sonora depois. Abra sua mente para um anime um pouco diferente, tenho certeza que sua experiência valerá a pena.



E não se esqueça!! É tudo uma conspiração!!! Da terrível



NIHON



HIKIKOMORI



KYOKAI

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Alma dos soldados

  O cosmo despertou em mim, quando finalmente entrou em promoção Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados. O jogo, que conta toda a história do anime, desde as doze casas até Hades, foi lançado em 2015, para Ps3, Ps4 e Pc, e meio atrasado, pude jogar o game.

  A dublagem feita pela EcoGames, nos estúdios DuBrasil foi primorosa. Salvo algumas poucas exceções, todas as marcantes vozes originais estão presentes, dando um charme nostálgico único ao game. E como a história passa por todas as sagas, é possível rever cenas marcantes, como o embate de Camus e Hyoga, ou a luta de Siegfried contra Sorento, Ikki contra Kanon... está tudo ali, pra ser protagonizado por você.
 A quantidade de personagens também é um ponto muito forte do jogo. Ao todo são 48, tendo todos os guerreiros deuses, todos os generais marinas, os três juízes do inferno, e todos os deuses que apareceram no anime, e isso inclui os gêmeos Thanatos e Hypnos. Há também uma variedade gigantesca de trajes e armaduras para ser desbloqueadas, inclusive as lendárias armaduras divinas.




Ou seja, o jogo é completo. Quem é fã de cavaleiros vai delirar, principalmente com a dublagem. Porém, o jogo tá muito longe de ser perfeito. O modo história deixa a desejar, já que as cutscenes, que poderiam ser animações épicas refazendo as cenas do anime, são fracas cenas feitas com os bonecos do jogo, com trilha genérica e pouco recurso, mais parecendo uma brincadeira de Cloth Myth sem emoção e expressão alguma.



  Se as cutscenes pecam, as batalhas somam pontos. A variedade de golpes é um ponto forte, e grandes batalhas estão sendo travadas entre Kaito e eu. E como tá dublado, fica ainda melhor. Minha única reclamação é por ser muito fácil evitar o golpe mais forte, o supremo Abb... mas isso acaba sendo apenas um pequeno detalhe.
  É muito divertido ter todos os personagens disponíveis, com tanta variedade de armaduras. Quem nunca quis fazer uma invasão de espectros a Asgard? Ou uma revanche dos cavaleiros de ouro contra os generais marinas?


E por falar em cavaleiros, o Ishida, lá do MangáMania fez um video, montando o seu santuário ideal, confere ai:

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O último de nós

   Existem jogos que nos proporciona experiências únicas, que nos marcam de tal maneira, nos cativam e nos emocionam de tal forma, que nos fazem sentir orgulho, sim orgulho, de ser gamer, e poder estar vivendo (sim eu digo vivendo) aquela história.



   The Last of Us é um jogo consagrado, e está entre os melhores, os mais épicos que já joguei, e sei que não são poucos os que concordam comigo. The Last of Us e mais que um simples jogo de zumbis, é uma história sobre o quão terrível é ver todos a sua volta morrerem, todos os que você ama, e você se tornar " o último de nós".


 
 O jogo já começa com um menu espetacular. A melancolia que a música passa, ali baixinha, mostrando nada além de uma janela, uma sensação de abandono e solidão enchem sua alma.. e a tela de carregamento, com esporos voando...tudo isso já te ambiente na tristeza dos personagens que vivem naquele mundo devastado.
     O cordyceps é um fungo que domina seu hospedeiro, e o controla, muda seu comportamento, de
forma que possa auxiliar na reprodução do fungo. A doença começou nas zonas rurais, sendo abafado pelo governo, e quando todos se deram conta, já era tarde demais. Houve o caos, pessoas tentando fugir, enquanto doentes perdiam sua humanidade e se tornavam monstros.
    A espiral de desespero em que o jogo começa é uma vaga tentativa de Joel de proteger aquilo que lhe é mais precioso. Sua filha, que acaba sendo morta, as ordens do exército era de não deixar ninguém sair da cidade, numa vã esperança de conter a doença. E tal medida acabou por vitimar a pequena Sarah ,e com ela, o coração de seu pai vai junto.
   Não sabemos ao certo como as coisas se desenrolaram após isso. Houveram evacuações em massa, das quais Joel e Tommy participaram. Zonas de quarentena foram estabelecidas, para onde as pessoas foram levadas. Algumas se esconderam, algumas tentaram se proteger, e durante todo o jogo nós encontramos registros, anotações e as esperanças de pessoas que foram deixadas para trás. Em uma escola de alguma cidade mais afastada, encontramos um abrigo, onde os alunos tentavam se manter vivos, até serem encontrados pelo exército. Porém, as buscas em um determinado momento foram encerradas, e na escola, não encontramos ninguém vivo, apenas infectados, vários clickers e até mesmo um Bloater .



   A busca pela cura era algo que dava esperança as pessoas. Mas houve um vazamento de relatórios da Oms, que mostravam que uma cura nunca seria encontrada. E talvez foi nesse momento que tudo colapsou de vez. Sabemos que Joel e Tommy já foram caçadores, e fizeram coisas terríveis. Em um diálogo entre os irmãos, Tommy diz que ainda tem pesadelos com todos aqueles dias. Foi tudo terrível demais, e se você é do tipo que joga games de zumbis e fica nessa de "vem apocalipse zumbi", aprenda uma coisa: Tudo que você vai conseguir é ver todos os que ama tendo mortes horríveis, ou se tornando aquelas cosias das quais você está fugindo, e será você quem irá precisar matar sua própria família. E no fim, se tiver sobrevivido, estará tão destruído por dentro, que não irá acreditar em mais nada. Nada será capaz de aplacar a dor que você irá sentir...
 
 Nossa jornada começa uns vinte e cinco anos depois do começo do surto, e as coisas meio que se estabeleceram. Existem as zonas de quarentena, onde se vive mal, mas pelo menos existe segurança. Existe os Vaga-lumes, que tentam derrubar o governo militar atual, e também buscam encontrar uma cura. Os caçadores tomaram algumas zonas de quarentena que entraram em colapso, e muitos lugares pertencem aos infectados agora. E alguns vivem isolados, como o Bill, alguns tentam criar abrigos em locais improváveis, como o pobre Ish.
   Nossa missão é levar a garota, Ellie, até uma base dos vaga-lumes. Ela é imune, e através dela, uma cura poderá ser descoberta. Joel e Tess apostam tudo nisso. Na verdade, Tess aposta, e a morte da companheira é o que acaba obrigando Joel a seguir com o serviço. Mas tudo dá errado, e o que parecia ser simples se torna em uma longa e desesperada viagem.
   Joel não quer se apegar a Ellie. Ele não suportaria mais uma perda. Seu coração endurecido tenta manter as coisas no modo profissional. Mas os dois passam por tanta coisa juntos...



 
Ellie nunca conheceu o mundo antes, já tendo nascido após a queda da sociedade. E como ela mesmo diz, todos que ela conheceu, todos que ela gostava se foram. Tudo que resta a ela é o Joel, que não queria ter esse tipo de envolvimento com mais ninguém... mas acaba percebendo que Ellie é agora

sua família, sua amiga, sua filha...tudo que lhe resta.
   O laço entre os dois é forjado por fogo e sangue, forjado por nós que estamos ali jogando com o coração nas mãos, torcendo para que tudo dê certo. Mas a terrível conclusão é que para encontrar a cura, Ellie deve morrer. Para que o parasita em seu cérebro possa ser coletado, ela deve morrer. Marlene, que a conhecia desde o nascimento, e conheceu sua mãe, tentava se convencer de que estava fazendo o que é certo. Ao passo de que Joel não aceita de forma alguma... mas qual diabos seria a escolha certa? Salvar a humanidade, e matar a última pessoa com quem você consegue se importar, pela qual você lutou para manter viva, ou sacrificar toda a pequena chance de mudar essa situação terrível do mundo, para que apenas uma pessoa viva alguns dias a mais, até que o acaso resolva destrui-la também?
    Não vejo otimismo nesse mundo, um dia todos irão acabar caindo ante os infectados. Foi assim com a comunidade que Ish criou, onde um descuido vitimou todos. Cedo ou tarde, todos nesse mundo irão ser cercados pela terrível doença, e não restará zona de quarentena, nem caçadores, apenas o abandono de um mundo vazio. E para Ellie, quando tudo passar, quando todos tiverem morrido, ela ainda estará lá, sozinha... e esse é seu maior medo. Tanto que ela não se importaria em morrer, para dar a humanidade, mais uma chance.
   Não há certo ou errado nesse final. E Joel escolhe Ellie. Escolhe destruir a pesquisa pela cura. Escolhe salvar aquela que o fez se importar novamente. E não importa o que, você precisa encontrar um motivo para continuar lutando...