segunda-feira, 15 de julho de 2013

Watchmen:Rorschach

 Terminei de ler a belíssima edição definitiva de Watchmen. E só posso dizer que filme e hq estão em uma sincronia em minha mente, ambos são um só! E pra comemorar, vou dar início a uma série de posts sobre os personagens deste vasto universo.

 Mas afinal, de que se trata Watchmen? São super-heróis em uma história sem heroísmos sem sentido, e sem mocinhas indefesas, é a realidade nua e crua que os vigilantes mascarados tem que encarar, a sociedade que destrói a si mesma, encharcada de egoísmo, ganância e más intensões. E em meio a toda a sujeira, os mascarados tentam fazer alguma coisa de bom, e são duramente rejeitados pela sociedade, que eles mesmos estão tentando ajudar...



 E vamos começar pelo meu favorito: Rorschach.

Walter Joseph Kovacs era filho de uma prostituta, uma mãe que o hostilizava. Enfrentava brigas na escola, e desde cedo, mostrou aptidão para a violência, o que chamou atenção do Serviço de Proteção para crianças, que após uma investigação, o tiram de sua mãe, e o entregam a um orfanato.
 Após terminar seus estudos (onde demonstrou talento e inteligência), entrou para uma fábrica de vestidos e roupas intimas femininas. Foi lá que encontrou um tecido especial: duas camadas de látex, e no meio, um líquido preto sensível ao calor do corpo, que sempre mudavam de forma, sem nunca misturar o preto e o branco.
 O tecido era um vestido que pertencia a Kitty Genovese, mas a mesma rejeitou o vestido, por ser muito feio, e então o tecido acabou nas mãos de Kovacs. Aconteceu que Kitty Genovese foi estuprada e assassinada, onde trinta e oito vizinhos escutaram tudo, e não fizeram nada.
 Foi então que Kovacs criou para si um rosto, uma face com a qual ele não sentiria vergonha ao olhar para o espelho: Nasceu Rorschach.

 Rorschach é um pouco diferente dos demais: brutal, sem hesitação alguma, mata quem tiver que matar, quebra quem tiver que quebrar, diante do injusto e do imoral, não há acordo, não há conversa."sem acordos, nem diante do Armagedon!"
 Quando todos os outros heróis deixaram as máscaras, foi o único a continuar ativo. Rorschach viu coisas que o mudaram para sempre, e quanto mais lutava contra o crime, mais sua mente afundava na escuridão do mundo. Sem a máscara, andava pelas ruas com uma placa com a inscrição "o fim está próximo".
 Mas, apesar de ser isolado, e antipático, tinha uma forte amizade com o Coruja, com quem fizera parceria.

"Diário de Rorschach. 13 de Outubro de 1985. Porque existe o bem e existe o mal. O mal deve ser punido. Mesmo no dia do juízo final, isso não irá mudar. Mas tem muitos merecendo pagar... e tão pouco tempo.
Diário de Rorschach. 12 de Outubro de 1985. esta manhã, no beco, havia um cão morto com marcas de pneu no ventre rasgado. A cidade tem medo de mim. Eu vi o rosto dela. As ruas são sarjetas dilatadas e essa sarjetas estão cheias de sangue. Quando os bueiros finalmente transbordarem, todos os ratos irão se afogar. A imundice acumulada de todo o sexo e matanças que praticaram vai espumar até suas cinturas e todos os políticos e rameiras olharão para cima, gritando 'salve-nos'... e, do alto, eu vou sussurrar: 'não'."




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