Numa conversa com o ilustre Pain, membro aqui do CronicaEx, ele me disse o seguinte: "A mitologia brasileira não deve em nada para as estrangeiras, só o que falta é um mestre feito Tolkien trabalhar com ela, e fazer algo a altura". Ignorante como sou, conhecendo só o que o sitio do pica-pau amarelo nos mostra, questionei-o se nossa mitologia era mesmo algo a ser levado a sério.
Acontece que sim. Temos uma mitologia vasta e rica, tão épica quanto as mais famosas, porém, totalmente ignorada por tudo e por todos. Até mesmo as pesquisas tem um número baixo de material, e do pouco ainda é possível encontrar material divergente. A verdade é que nossa mitologia foi
abandonada por nós mesmos, que nos lambuzamos das mitologias estrangeiras, enquanto debochamos de nossa própria cultura.
Eu nunca levei fé em nossa mitologia. Deuses como Tupã e Jaci eram tudo que conhecia, e mesmo assim, julgava-a como inferior. Mas instigado pelo sábio Pain, pesquisei um tanto sobre nossos deuses, e tiro meu chapéu, pois temos uma mitologia fantástica.
Até me propus a escrever uma história sobre o tema (não que eu seja o escolhido que vá trazer a tona nossas tradições perdidas [ ou talvez eu vá ser, quem sabe { ignorem meu ego, por favor} acabe escrevendo um épico ] mas eu escrevo tão devagar, e pesquiso mais devagar ainda, então nada saiu do papel), o que me levou a conhecer alguns dos deuses brasileiro.
Anhangá é um deus da cultura tupi, seu nome quer dizer espírito, e ele é o deus da almas errantes. Em algumas fontes, ele é o antagonista de Tupã, sendo o deus supremo do mal, enquanto em outra, ele é apenas uma entidade, desprovido de senso de moral, cuja missão é carregar as almas perdidas
consigo. Anhangá pode assumir várias formas, sendo que a mais comum é a de um veado branco, com os olhos em chamas.
Cruzar com Anhangá era sinal de mal agouro, e os nativos da época temiam muito a entidade. Mas ele não cuidava apenas das almas, mas também protegia os animais fracos dos caçadores. Isso é algo muito frequente na nossa mitologia: boa parte das entidades amava muito essas terras, protegendo as matas, os animais, tentando preservar a glória dos primeiros dias.
Pois Anhangá, sendo mal ou não, protegia os animais de caçadores abusivos, sendo que sempre que
uma caça escapava de forma milagrosa, era atribuído a entidade.
Quando os jesuítas chegaram em nossas terras, o cristianismo fez o que sabe fazer de melhor: demonificou a lenda, associando Anhangá ao próprio diabo. Mas como disse antes, a lenda não dá a entender que o deus seja apenas mal, seria tons de cinza... ele é uma entidade obscura, chegando a enfrentar até mesmo Tupã em uma batalha, mas sua existência é necessária para manter o equilíbrio.
Conforme minhas pesquisam forem avançando, irei trazer mais seres de nossa mitologia. Enquanto isso, pesquise, deixe seu preconceito de lado e dê uma chance para conhecer nossas lendas, te garanto que ficará fascinado, assim como eu. Pode começar pesquisando sobre os sete monstros lendários, vai por mim... é isso, até a próxima!
Acontece que sim. Temos uma mitologia vasta e rica, tão épica quanto as mais famosas, porém, totalmente ignorada por tudo e por todos. Até mesmo as pesquisas tem um número baixo de material, e do pouco ainda é possível encontrar material divergente. A verdade é que nossa mitologia foi

Eu nunca levei fé em nossa mitologia. Deuses como Tupã e Jaci eram tudo que conhecia, e mesmo assim, julgava-a como inferior. Mas instigado pelo sábio Pain, pesquisei um tanto sobre nossos deuses, e tiro meu chapéu, pois temos uma mitologia fantástica.
Até me propus a escrever uma história sobre o tema (não que eu seja o escolhido que vá trazer a tona nossas tradições perdidas [ ou talvez eu vá ser, quem sabe { ignorem meu ego, por favor} acabe escrevendo um épico ] mas eu escrevo tão devagar, e pesquiso mais devagar ainda, então nada saiu do papel), o que me levou a conhecer alguns dos deuses brasileiro.
Anhangá é um deus da cultura tupi, seu nome quer dizer espírito, e ele é o deus da almas errantes. Em algumas fontes, ele é o antagonista de Tupã, sendo o deus supremo do mal, enquanto em outra, ele é apenas uma entidade, desprovido de senso de moral, cuja missão é carregar as almas perdidas
consigo. Anhangá pode assumir várias formas, sendo que a mais comum é a de um veado branco, com os olhos em chamas.

Pois Anhangá, sendo mal ou não, protegia os animais de caçadores abusivos, sendo que sempre que
uma caça escapava de forma milagrosa, era atribuído a entidade.
Quando os jesuítas chegaram em nossas terras, o cristianismo fez o que sabe fazer de melhor: demonificou a lenda, associando Anhangá ao próprio diabo. Mas como disse antes, a lenda não dá a entender que o deus seja apenas mal, seria tons de cinza... ele é uma entidade obscura, chegando a enfrentar até mesmo Tupã em uma batalha, mas sua existência é necessária para manter o equilíbrio.
Conforme minhas pesquisam forem avançando, irei trazer mais seres de nossa mitologia. Enquanto isso, pesquise, deixe seu preconceito de lado e dê uma chance para conhecer nossas lendas, te garanto que ficará fascinado, assim como eu. Pode começar pesquisando sobre os sete monstros lendários, vai por mim... é isso, até a próxima!
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