Bora trazer contos aqui pro blog? Bora!! Comecemos com uma pequena lenda que circula pelo reino de Eternal:
Existe uma lenda muito comum em Refiuge, que conta sobre um cavaleiro fantasma que vaga pela floresta de Gedri, durante as noites mais escuras. De elmo fechado a lhe ocultar o rosto, com uma armadura desgastada e repleta de rachaduras, o cavaleiro vagueia pelas sombras, empunhando uma espada que emite uma luz bruxuleante e azul.
O cavaleiro na Torre
Existe uma lenda muito comum em Refiuge, que conta sobre um cavaleiro fantasma que vaga pela floresta de Gedri, durante as noites mais escuras. De elmo fechado a lhe ocultar o rosto, com uma armadura desgastada e repleta de rachaduras, o cavaleiro vagueia pelas sombras, empunhando uma espada que emite uma luz bruxuleante e azul.
O cavaleiro ronda os
arredores da Suplicante, a torre cujo formato quebrado lembra uma mão
retorcida, clamando aos céus por piedade. A torre, abandonada a muito tempo, é
um lugar de temor e espanto, poucos tem a coragem necessária para se aproximar.
O brilho azulado
pode ser visto da grande estrada que circula a floresta negra, e é um sinal
agourento aos viajantes. Muitos dizem que o cavaleiro vaga em busca de uma
princesa a quem ele jurara lealdade, mas que por infelicidade havia morrido
naquelas terras. Muitos dizem que em algumas tardes, uma música chorosa se
eleva por entre as árvores, vinda da pobre alma da princesa, tentando ser
encontrada.
Outros dizem que o
cavaleiro anda em busca de pessoas más, as quais ele irá cortar a cabeça com
sua espada amaldiçoada, e então arrastar a alma maligna para aprisionar na
torre. As almas presas ficam então, assombrando a Suplicante.
O que poucos se
lembram, é do porque aquela torre foi construída. Nos dias antigos, quando as
bordas da floresta Gedri eram mais afastadas, a estrutura fora erguida.
Feita de rochas
escuras, e coroada por um pináculo, a torre se erguia contra o céu. A estrutura
era robusta e poderosa, e se chamava Shellion, e sua forma em nada se parecia
com uma mão retorcida.
Sua construção fora ordenada por Vhynna, a
deusa da ordem. A torre iria abrigar uma gloriosa irmandade de cavaleiros, os
Kendrian, que iriam vigiar os limites da floresta, e impedir que os seres das
sombras pudessem andar livremente pelo reino.
Juramentados, a
irmandade vigiava a floresta dia e noite, por várias gerações. Ganharam
notoriedade em Refiuge, e o amor do povo a quem protegiam.
Mas a sombra caiu
sobre o reino. Quando Adramar reuniu sua horda no coração da floresta, a
irmandade tentou, a todo custo, impedir a avanço dos demônios. Mas a torre foi
apenas um pequeno empecilho no caminho do lorde demoníaco, que dizimou a
irmandade, e destruiu a torre, lhe dando a forma da Suplicante.
De todos os gloriosos
cavaleiros, apenas um sobreviveu. Belmont, o destemido. O cavaleiro jurou,
sobre os corpos de seus irmãos caídos, que derrotaria Adramar.
Muita dor e muitas
batalhas aconteceram naqueles dias sombrios, mas Belmont manteve sua palavra, e
esteve presente na derradeira batalha que daria um fim as ambições de Adramar.
Mas na luta, Belmont pereceu.
Edros, o deus do
tempo, se comoveu com a bravura do cavaleiro. Pediu aos seus irmãos deuses que
considerassem recompensar Belmont de alguma maneira. Adramar, um lorde demônio,
era um ser imortal. Os deuses, então, o prenderam nos alicerces da Suplicante,
e reviveram Belmont, para se tornar o guardião do local.
O cavaleiro deixou
de ser um humano, e se tornou um Medriath, um ser etéreo, cuja força provém dos
deuses que o fizeram. E toda a história sobre a torre e a irmandade foi
esquecida, para que ninguém se lembrasse onde Adramar jazeria preso.
O cavaleiro da
torre, do qual muitos têm medo, não é uma assombração, nem uma alma perdida. É
o último de sua ordem, e carrega em seus ombros, uma missão.
E irá desempenhá-la,
mesmo que essa missão seja eterna.
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