Fui ver o segundo Guardiões da Galáxia. Não levo comigo expectativas
mais, já entendi que aquela grande epopeia da Marvel, onde filmes e seriados
estão intrinsecamente interligados em eventos que irão culminar em uma
grandiosa batalha. Não, eu já desisti dessa ideia.
Guardiões da Galáxia não move a trama infinita, e nem mesmo tem uma joia
infinita. Ao invés disso, se foca em desenvolver um tanto mais seus personagens
e suas relações. O grupo já abre o filme com uma dinâmica totalmente diferente
do filme anterior, eles aprenderam a lutar juntos e vão lidando com os
contratempos de um combate de maneira variada. Mesmo que ainda não se entendam
totalmente.
O filme é muito colorido. Muito! Se reclamavam que a Marvel não é
“sombria”, imagino que deve ter tido gente enfartando em plena sala de cinema.
Os cenários são variados, com muitas formas, muitas cores, todas vibrantes.
Tudo pulsa na tela, até mesmo as batalhas espaciais, com naves cheias de formas
e cores, passando por asteroides com um brilho verde escuro. O que não é ruim,
muito pelo contrário.
O filme é muito bonito visualmente. A raça nova apresentada, os
Soberanos, que possuem todos peles douradas, e um comportamento altamente
arrogante e narcisista, foi um dos pontos do filme que mais gostei.
Toda a sequência de abertura do filme foi muito boa. Os guardiões
estão prestando um serviço aos Soberanos, proteger uma série de baterias que
eram alvo de um monstro cheio de tentáculos, que queria se alimentar delas. E o
filme abre com isso: uma grande cena de batalha desfocada, enquanto o pequeno
Groot dança entre os créditos inicias, sempre a interagir com alguém que é
arremessado pela fera e atrapalha sua dança.
E como sequência, os guardiões trocam as baterias pela Nebula. Gamora
declara que eles pretendem entrega-la pela generosa recompensa. E,
malandramente, Rocket rouba algumas das baterias, como um bônus.
Os Soberanos são tão orgulhosos que não admitem nenhum desaforo, e
imediatamente iniciam uma perseguição aos guardiões, que não tem escolha, a não
ser fugir. Grandes sequências de ação, e muita interação entre os personagens,
abriram o filme de forma excelente. A partir daí, a trama central envolvendo
Ego, o pai de Peter, se inicia.
É dado muito destaque a outros personagens que não tiveram tanto
espaço no primeiro filme. Yondu é o que mais tem suas motivações e
arrependimentos aprofundados, dando ao personagem uma dimensão muito maior.
E temos muitas piadas. Muitas mesmo. Algumas são ótimas, outras são
boas, mas algumas são bem ruinzinhas. A verdade é que o filme não se leva a
sério em momento algum, e algumas piadas foram grandes corta clímax, que pra
mim acabou diminuindo o brilho do filme.
A trama principal é um pouco devagar, e o desfecho ficou um pouco
abaixo do que eu esperava. Filme divertido, não há como negar, mas não me
ganhou por completo. Já explico o porquê.
Quero ver essa trama Infinita logo. Já estamos sendo cozinhados por
ela a tanto tempo, que qualquer coisa que não tenha a ver com ela só me deixa
mais cansado de esperar, e aumenta meus temores de que no fim das contas,
Thanos seja apenas mais um vilão qualquer...
Tirando isso, o filme cumpre o que promete. Diverte, e diverte bem,
embora tenha seus defeitos, e suas frases piegas, tudo parece ter sido muito
bem feito e muito bem pensado, nos entregando um filme coeso e visualmente
muito bonito, com a melhor participação do Stan Lee de todos os tempos.
Ah, e não saiam do cinema tão cedo, são mesmo cinco cenas pós-créditos...
os caras tão perdendo os limites...
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